Morda meus lábios sem medo de me machucar. Puxe meus cabelos e movimente minha nuca como bem entender. Ofegue baixinho no meu ouvido demonstrando o que quer. Morda meu lóbulo direito suavemente e não pare de mexer suas mãos, elas sabem aonde ir.
Corpos colados em um sofá marrom gasto. E os lábios movimentando-se com vontade. Sorrindo a cada novo movimento, cada surpresa.
Já é hora de levantar e ir a um lugar mais confortável, onde as roupas caiam e as pernas possam se entrelaçar sem trapalhadas. Sempre existe um colchão esperando em algum lugar. E o corredor recebe as roupas sem problema nenhum, como se ali fosse mesmo o lugar delas.
Uma dupla esguia indo e vindo, sem medo de pensar no amanhã. Porque o amanhã nem existe. É tudo invenção. O que existe é o hoje, o agora. O amanhã é outra história.
Corpos colados em uma cama. Corpos colados um no outro, cansados, porém insaciáveis. Corpos suados clamando por prazer e exalando no mínimo, emoção. Pode não ser paixão e nem amor, mas emoção é. Os corações quase param e aceleram de repente. E nunca cessam. As posições vão mudando até que quando encontram o momento do ápice, desmontam.
Já é hora de olhar um para o outro e sorrir. Conversar, fumar um cigarro, tomar um drink ou um café, quem sabe. Se o cansaço for muito é virar e dormir. Mas eu prefiro pensar que é hora de levantar e tomar um banho, para fazer tudo de novo.
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